terça-feira, 14 de dezembro de 2010

UM ENCONTRO COM JESUS

UM ENCONTRO COM JESUS
“Caminhando Jesus, viu um homem cego de nascença. E seus discípulos perguntaram: Mestre, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego? Respondeu Jesus: Nem ele pecou, nem seus pais; mas foi para que se manifestem nele as obras de Deus. João. 9: 1-3.
Esse texto narra que Jesus estava caminhando com seus discípulos, quando viu um homem que era cego de nascença. E logo surgiu a indagação dos discípulos: “Mestre, quem pecou, ele ou seus pais para que nascesse cego?”
Uma concepção comum na cultura judaica desde o livro de Jó, o primeiro escrito da Tanak (a Bíblia judaica), e mesmo nos tempos de Jesus como podemos perceber pela pergunta dos discípulos, era a de que; todo defeito físico que causasse sofrimentos a alguém seria o resultado dos pecados cometidos por ele ou pelos seus pais.
Um texto que talvez nos possa indicar algum fundamento da concepção judaica de que a doença era resultado direto de pecado encontra-se em Mateus. 9: 2 quando Jesus ao vê a fé de alguns homens que trouxeram um paralítico para ser curado disse: “Tem bom ânimo, filho; estão perdoados os teus pecados”
De fato nem ele pecou nem seus pais pecaram, para que pudesse resultar na sua cegueira, porem, Jesus ensinou que nem toda deficiência é resultado do pecado e que naquele caso havia um propósito de Deus naquela cegueira. Jesus queria mostrar não só aquele cego, mas a todos nós mesmo enxergando bem, que possuímos uma deficiência que faz de nós dependentes de uma intervenção de Jesus para podermos cumprir os propósitos de Deus.
Tanto esse homem como todos nós temos um problema muito maior do que a cegueira visual, a cegueira espiritual, e Jesus queria mostrar aos seus discípulos que as obras de Deus só se manifestam na vida das pessoas através desse encontro com Ele, porque espiritualmente todos nós somos tão cegos quanto aquele cego de nascença.
Embora muitas pessoas afirmem terem sido participantes desse encontro com Jesus Cristo é conveniente ressaltar com alguns exemplos o engano que pode haver nessa afirmativa. O apóstolo Paulo preconizava que foi criado aos pés de “gamaliel, um doutor da lei, venerado por todo o povo” At.5: 34, e pelo que tinha aprendido com ele era um exímio conhecedor das escrituras judaicas, porém no primeiro encontro com Jesus ele foi privado da visão a exemplo dos olhos do cego de nascença para que na sua cura também fossem abertos os olhos do entendimento espiritual de Paulo. O Apostolo Paulo antes de conhecer Jesus Cristo ele fazia tudo para Deus com a maior dedicação, porém, sem entendimento como ele mesmo diz aos romanos que Israel “tem zelo de Deus, mas não com entendimento (Rm. 10: 2). Outro exemplo é o da igreja de Efésio como o Senhor Jesus se referiu ao comportamento dos seus membros. Eles diferentemente de Paulo já tinham a visão espiritual acerca de Jesus, então é de se supor que através dos apóstolos eles tinham recebido a revelação e tido o seu encontro com Jesus. Esse é o mesmo tipo de exemplo dos quais vemos em algumas Igrejas da nossa época. Fazem tudo da melhor maneira; procuram com o maior zelo construir suntuosos templos, com esforço buscam aumentar a quantidade dos membros e como a igreja de Efésio, não suportam a maldade da humanidade e até suportam provas pelo nome de Jesus. Quem olha assim diz que parece é a Igreja perfeita, mas eles tinham se esquecido desse encontro que tiveram com Jesus. E Ele disse aos Efésios: “Conheço as tuas obras, assim o teu labor como a tua perseverança e que não pode suportar os homens maus, e que puseste a prova os que a si mesmos se declaram apóstolos e não são, e os achaste mentirosos; e tens perseverança e suportastes provas por causa do meu nome e não te deixaste esmorecer. Tenho, porém contra ti que abandonaste o teu primeiro amor. Ap. 2: 2-4.
Não adianta alguém afirmar que já está totalmente curado da cegueira espiritual, porque é fácil perceber pelas obras que se manifestam neles se realmente são obras de Deus. Em João 6: 28-29, os discípulos “Dirigindo-se, pois a ele, perguntando: Que faremos para realizar as obras de Deus? Respondeu-lhes Jesus: A obra de Deus é esta, que creiais naquele que por Ele foi enviado”. Nesse processo do encontro com Jesus necessita muita dedicação, perseverança e vontade de submeter-se ao seu senhorio. Em Lucas tem uma resposta de Jesus para alguns que afirmam crerem nele, mas as suas obras comprovam o contrário. “Por que me chamais: Senhor, Senhor, e não faz o que vos mando” Lc. 6: 46. Assim são aqueles que apenas acreditam em Jesus. Aquele que só acredita é tal qual aquele que nunca o viu, pois realmente nunca teve um verdadeiro encontro com Ele. Porém aquele que crer é diferente ele tem confiança em aceitar como verdadeiras as palavras de Jesus e verdadeiramente as pratica. “Todo aquele que vem a mim e ouve as minhas palavras e as pratica, Eu vos mostrarei a quem é semelhante. É semelhante a um homem que, edificando uma casa, cavou, abriu profunda vala e lançou o alicerce sobre a rocha; e, vindo a enchente, arrojou-se o rio contra aquela casa, e não a pode abalar, por ter sido bem construída. Lc. 6: 47-48. Esse é aquele que crer; as suas obras são de fé e nada poderá move-las pois estão firmadas na rocha eterna que é Jesus Cristo.

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