quinta-feira, 11 de outubro de 2012

CHAMADO


Todos nós conhecemos como se desenvolve a vida na carne. O princípio de tudo é o nascimento, logo em seguida inicia-se a alimentação que por um longo período de tempo é composta de líquidos até que a condição física se desenvolva e possibilite ingerir comidas sólidas. Durante este período também acontecem os primeiros ensinamentos a aprendizagem por repetição, isto é; tudo que vemos ou ouvimos nos procuramos repetir e por isso é que nessa etapa nós nos tornamos simplesmente imitadores humanos. Depois da primeira fase, acontecem as etapas do crescimento físico e através delas o amadurecendo do intelecto mental que é causado pelo acumulo de conhecimento o qual resulta em implicações as quais nós chamamos de responsabilidade moral. De acordo com o maior interesse na busca pelo conhecimento, mais alto se torna o grau de capacitação intelectual, porém tanta sabedoria não é garantia de sucesso, pois necessitaremos uns dos outros principalmente de quem nos abra alguma porta. A terceira fase é a morte, esta é a mais importante de todas as fases da vida por ser uma fase inevitável e todos passarão por ela. Algumas pessoas estão sujeitas a não atingirem todas as fases, outros até mesmo não concluir nenhuma das duas primeiras e isto se deve à terceira fase a morte da carne. Todos nascemos em carne, mas por vivermos na carne não somos obrigados a viver satisfazendo a vontade da carne, isto nós chamamos de vontade própria na liberdade de escolha. Apesar de possuirmos vontade própria na liberdade de escolha, todos nós indistintamente contamos com a graça de Deus que nos conduz a Cristo para que Ele nos liberte das concupiscências da carne; “o pecado”. Todos aqueles que vivem na carne pelo exercício da sua própria vontade fazendo tudo o que é reprovável diante de Deus e mesmo ao serem chamados para aceitar o Senhor Jesus Cristo como seu Senhor, e Salvador, recusarem o convite de Deus, esses desprezaram tanto o Pai como o Filho. Para eles finda a esperança de desfrutar uma nova vida com Jesus após a morte da carne segundo a promessa de Deus. “Porque importa que todos nós compareçamos perante o tribunal de Cristo para que cada um receba segundo o bem ou o mal que tiver feito por meio do corpo”. 2Co. 5: 10. Ávida na carne é como um fio muito tênue que pode partisse em qualquer ponto a qualquer momento. Mesmo que você tenha vivido muito bem todas as fases da vida, ainda que tenham aparecido muitas mãos para abrir-lhe muitas portas e mesmo depois de tudo isso você tiver vivido as fases da vida na carne só para fazer a vontade da carne, pergunto: Quando chegar a terceira fase, a da morte, o que você acumulou de valor nas duas primeiras fases que possa lhe socorrer nesta terceira fase? Diz a Palavra de Deus em 1 João capítulo 2 versículo 16 e l7: “Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo, e o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre”. A finalidade dessa exposição é tentar fazer um paralelo entre o que nós chamamos de vida na carne pela carne; isto é vida mundana que todas as pessoas conhecem e um outro tipo de vida, chamada de vida espiritual que lhes é oferecida pela fé em nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Uma vida com mais qualidade, com maior duração, porque o espírito não morre; mas é imperativo que iniciemos esta vida espiritual estando ainda com a vida corporal para que após a morte corporal essa vida espiritual já existente continue eternamente. À vida espiritual todos nós só alcançaremos através do Filho de Deus, pois foi Jesus Cristo quem disse: “Em verdade, em verdade te digo: Quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus”. João 3: 5. Nós sabemos que o corpo é carne e a carne é mortal por causa da sua inclinação ao pecado. “a inclinação da carne é morte; mas a inclinação do espírito é vida e paz”, Rm. 8: 6 eternamente. Existem pessoas que vivem na carne e suas vidas resume-se em fazer a vontade da carne; também existem outras pessoas que são chamadas por Deus para seguirem seu Filho Jesus Cristo, e então são libertas, são transformadas em todo o seu modo de vida. Embora estejam na carne já não são dominadas pela carne e assim não vivem mais pela vontade da carne porque são guiadas pelo Espírito de Deus. “Porque se viverdes segundo a carne, morrereis; mais se pelo espírito mortificardes as obras da carne vivereis. Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus esses são filhos de Deus”. Rm. 8: l3-l4. Por que nascer espiritualmente? Porque pela desobediência de Adão o pecado se estabeleceu no mundo e todos nós pecamos e por isso sofremos as consequências do nosso pecado. “Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus”. Rm . 3: 23. Mesmo com o advento da Lei nós continuamos desobedecendo a Deus. Por isso todos nós nascemos corporalmente vivos, isto é: vivos na carne, mas estando afastados de Deus nós nascemos espiritualmente mortos. Um homem chamado Nicodemus perguntou a Jesus: “Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode porventura voltar ao ventre materno e nascer segunda vez”. “Respondeu-lhe Jesus: Em verdade, em verdade te digo: Quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus”. “Quem é nascido da carne é carne, quem é nascido do Espírito é espírito”. Jo. 3: 4-6. Fazendo um paralelo entre as duas vidas encontramos semelhanças comprováveis, mas diferenças incontestáveis. A vida espiritual a semelhança da vida na carne precisa de um nascimento, porém a diferença é que, por se tratar de um nascimento do espírito que não depende do sangue, nem da carne e nem do homem, mas somente de Deus, essa nova vida quando nasce não está sujeita as concupiscências da carne.”Os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus”. Jo. 1: 13. Por um determinado tempo igualmente como a carne alimenta-se de leite, o alimento do espírito recém nascido também deve ser leve; alimenta-se o espírito com os primeiros rudimentos da Palavra de Deus significando o alimento liquido, e só após um amadurecimento espiritual é que se ministra os profundos ensinamentos teológicos que significa um alimento mais sólido. Paulo falando aos Coríntios disse: “Eu, porém, irmãos, não vos pude falar como a espirituais, e sim, como a carnais, como a crianças em Cristo. Leite vos dei a beber; não vos dei alimento sólido porque ainda não podeis suportá-lo. Nem ainda agora podeis, porque ainda sois carnais”. 1Co. 3: 1-2. Como a vida na carne, a segunda fase da vida espiritual é a fase da repetição; o crescimento e os primeiros aprendizados da vida espiritual são assimilados por imitação. Nós começamos a repetir aquilo que vemos ou ouvimos durante os cultos de adoração a Deus e nos tornamos imitadores daqueles que já imitam a doutrina de Cristo. “Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo”. 1Co. 11: 1. O fundamento de um maior crescimento espiritual está na proporção da busca pelo conhecimento da Palavra de Deus. Mas igualmente a vida na carne todo esse conhecimento ou toda essa sabedoria também na vida espiritual, não teria nenhum proveito se não tivesse alguém para abrir a porta do entendimento espiritual. “O entendimento para aqueles que o possuem é fonte de vida”. Pv. 16: 22. No caso da vida na carne pode ser muitas pessoas a abrirem portas. Nesse mundo sem vida e sem Deus de que isso nos serviria? “De que serviria o dinheiro na mão do insensato para comprar sabedoria, visto que não tem entendimento”. Pv. 17: 16. Todo aquele que vivendo corporalmente, refreia os instintos carnais para desfrutar de uma vida espiritual, foi porque Deus através de Jesus Cristo abriu a porta do entendimento espiritual e se todos eles continuarem fiéis até o último dia da vida corporal Ele ainda promete conceder que essa vida espiritual seja desfrutada ao seu lado eternamente. A terceira fase da vida espiritual continua sendo vida espiritual, só que vida espiritual eterna, não a morte espiritual, pois o espírito é eterno. Aqueles que levam uma vida na carne banqueteando-se com todas as iniqüidades que a carne oferece, e desprezam o chamado de Deus ao arrependimento, rejeitam a oportunidade de uma vida espiritual com Jesus e receberão a recompensa com fogo pelas suas iniqüidades inclusive pela rejeição. “quando do céu se manifestar o Senhor Jesus com os anjos do seu poder, em chamas de fogo, tomando vingança contra os que não conheceram a Deus e contra os que não obedeceram o Evangelho de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Estes sofrerão penalidades de eterna destruição, banidos da face do Senhor e da glória do seu poder;” 2Tessalonicenses 1: 7ª - 9. Mas, aos que viveram uma vida espiritual embora estando na carne, não se deixando levar pelas concupiscências da carne, mas se deixando guiar pelo Espírito de Deus, estes herdam a promessa da vida eterna feita por Deus a todos os que crerem em seu Filho Jesus Cristo como o único Senhor e Salvador. “então dirá o Rei aos que estiverem a sua direita: Vinde benditos do meu Pai! Entrai na posse do reino que vos está preparado desde a fundação do mundo”. Mateus 25: 34.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

“SENÃO EM FAVOR DA PRÓPRIA VERDADE”


O descompromisso com a verdade absoluta na intenção de inserir uma verdade relativista é o mal deste século e está disseminado em todos os seguimentos da sociedade inclusive no religioso. Uma afirmação falsa hoje, muitas vezes tem igual ou maior aceitação do que uma verdade irrefutável de épocas passadas. Tal tipo de procedimento no meio daqueles que se dizem cristãos, tenta obscurecer a pureza da teologia bíblica e a austeridade da ortodoxia cristã que tem como âncora da salvação os ensinamentos de Jesus Cristo. Considerada uma das maiores desconstruções do ensinamento bíblico é ousar submeter os atributos de Deus a uma escala de valores humanista que procura mostrar a intensidade de um atributo em detrimento aos demais. Um processo muito usado pelos teólogos quando elegem o amor como o maior atributo de Deus. Veja o que afirma Silas Daniel em seu livro: As seduções das novas teologias. “Todos os atributos divinos, mesmo sua imutabilidade, sua onisciência e sua onipotência são diminuídos e reinterpretados para favorecer o atributo do amor”. Esse modo de pensar opõe-se a teologia bíblica que considera todos os atributos de Deus essenciais para que se possa entender a sua essência. Ao considerar o amor como o maior atributo de Deus estão adotando as idéias de Ritschi. Sobre o assunto analise o que John Frame diz em seu livro: Não há outro Deus. “Os teólogos erram ao pensar que a centralidade do seu atributo favorito exclui a centralidade de outros atributos. Esses escritores estão (como muitas vezes acontece com os teólogos) certos no que afirmam, mas errados nas coisas que negam. Ritschi está certo ao dizer que o amor é a essência de Deus, mas errado ao dizer que santidade não é. Esse tipo de erro geralmente vem ligado a outros erros teológicos. Quando um teólogo centraliza o amor de Deus em contraste com outros atributos, a sua intenção contrariando as escrituras visa “intencionalmente” (do autor do trabalho) lançar dúvidas sobre a realidade ou a intensidade da ira e do juízo de Deus”. Esse ensinamento constitui-se uma heresia, visto que a própria definição de atributo é conclusiva ao afirmar que: “atributo é uma propriedade intrínseca ao seu sujeito pela qual ele pode ser distinguido ou identificado”. Na verdade, não há limitações no ser de Deus e nos seus atributos, porque Deus é perfeito. Sem corpo, portanto sem extensão espacial. Por outro lado, através de um outro processo tenta-se desacreditar o principal fundamento da fé cristã; a inerrância bíblica. Quando alguém faz uma afirmação particular sobre salvação e condenação sem apoiar sua fala nos alicerces dos conceitos divinos, está se constituindo juiz no lugar de Deus. É comum se ouvir de muitos pseudo cristãos declarações unilaterais como: “Esse homem era um santo de Deus e já está no céu”. “Essa mulher morreu com Cristo e foi para o céu”. “Esse homem era uma pessoa tão boa e certamente já foi para o céu”. Isso fora alguns outros que afirmam já estarem no céu mesmo ainda vivendo neste mundo. Ninguém tenta ponderar a existência da dualidade na criação divina; se existe sim existe não; se existe o bem existe o mal; se existe salvação existe condenação, se existe vida existe morte; se existe céu existe inferno, e assim por diante. O homem faz escolhas o tempo todo. A nossa vida ressume-se em escolhas o tempo inteiro. Tudo aqui no mundo depende das escolhas do próprio homem e essas suas escolhas estão subordinadas as escolhas de Deus, por isso resulta sempre numa consequência dualista: boa ou má. Ao exercer juízo, o ser humano julga o que está aparente, mas Deus julga também o que está interiormente. “Ele revela o profundo e o escondido; conhece o que está em trevas e com Ele mora a luz”. Daniel 2: 22. O apóstolo Paulo nunca usou das Escrituras para pregar conceitos unilaterais colocando dúvidas aos ouvintes sobre as decisões que Deus tomaria em decorrência das atitudes humanas. Mesmo falando sobre si mesmo ele não julgou haver alcançado a sua salvação. “Antes subjugo o meu corpo, e o reduzo a escravidão, para que pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma maneira a ficar reprovado’. 1Co. 9: 27. Paulo não se considerava salvo. “Todavia, a mim muito pouco se me dá de ser julgado por vós, ou por algum juízo humano; nem eu tampouco a mim mesmo me julgo. Porque em nada me sinto culpado; mas, nem por isso me considero justificado, pois quem me julga é o Senhor. Portanto nada julgueis antes do tempo, até que o Senhor venha, o qual também trará luz as coisas ocultas das trevas, e manifestará os desígnios dos corações, e então cada um receberá de Deus o louvor”. 1Co. 4: 3-5. Paulo está afirmando que todos sem exceção só serão julgados na segunda vinda do Senhor Jesus Cristo quando da ressurreição dos mortos. Como é possível afirmar salvas ou que estão no céu pessoas que nunca confessaram o Senhor Jesus Cristo como seu único Senhor e Salvador. “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu único Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. João 3; 16. Em vez disso devotaram suas adorações à natureza, aos animais e aos mortos que ainda não foram ressuscitados para que no juízo do Filho de Deus, até esses mortos sejam julgados como salvos. “Porque assim como o Pai tem vida em si mesmo, também concedeu ao Filho ter vida em si mesmo. E lhe deu autoridade para julgar, porque é o Filho do homem”. João 6: 26 e 27. Como pode alguém dizer que estão salvas ou que irão para o céu pessoas que confessaram o Senhor Jesus Cristo como seu único Senhor e Salvador e não o amam. “Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado por meu Pai e Eu também o amarei e me manifestarei a ele”. João 14: 21. Como pode alguém dizer que estão salvas ou que irão para o céu pessoas que querem usufruir os privilégios de filhos, mas as suas atitudes são de bastardos. “Porque me chamas: Senhor, Senhor, e não fazes o que Eu mando?” Lucas 6; 46. Que ninguém se engane, não se entra no céu pela confissão da boca, pela vontade da mente ou pelo desejo da alma, mas quando o coração for de Jesus Cristo. “Esse povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim”. Mateus 15: 8. Por fim, não adianta você amar todas as pessoas distribuindo-lhes todos os seus bens e chegar ao ápice de morrer queimado por elas; (como afirmou Paulo aos Coríntios 13: 3) se o primeiro amor não for para Jesus Cristo, significa que você não tem amor a ninguém e tudo o que foi feito de nada terá proveito.