quarta-feira, 21 de novembro de 2012

A INSACIÁVEL ÂNSIA PELO PODER


A sedução pelo poder é algo indiscutível em todos os ambientes que envolvem os seres humanos. Existem muitas definições de poder quase sempre associadas ao homem quanto ao seu relacionamento sócio econômico, porém nada referente ao poder como sendo algo inerente ao senso moral da decadente natureza humana. A partir da queda, independente da genética, inevitavelmente agregou-se a natureza humana uma desenfreada e insaciável ânsia pelo poder. Ao procurar acumular bens materiais e domínio sobre seus iguais o homem ultrapassou o limiar da insanidade mental pela prática de um narcisismo sem limites e nesse contexto surgiu o primeiro homicídio; Caim matou seu irmão Abel. Através de métodos investigativos, o psicanalista pesquisador J. Lacan, descobriu que quando o homem ascende ao poder ele muda de personalidade invertendo as suas aspirações e os seus propósitos aflorando em contrapartida a sua estupidez. Em geral a própria psicologia assevera que os poderosos sofrem uma transformação de caráter assumindo uma nova identidade pessoal. Essa tendência da natureza humana não se constitui algo novo, que não tenha sido vivenciado por todos os nossos antepassados desde a primeira e desastrosa atitude de desobediência cometida pelo primeiro casal humano que habitou o nosso planeta. O que causa estranheza é que esse distúrbio de personalidade acontece até na conduta dos homens que se consideram restaurados espiritualmente da sua antiga natureza transgressiva, pois era de se esperar que os mesmos se tornassem verdadeiros exemplos de humildade e santidade já que eles são influenciadores tanto da opinião quanto da conduta de seus seguidores. O Poder, o prestígio, o status e as riquezas são os principais objetivos de muitos dos ministérios religiosos dos nossos dias. Toda essa busca desenfreada para conseguir alcançar esses valores aqui da terra deveras é muito frustrante para os tais, porque ninguém sabe o que nos reserva o dia de amanhã. Como disse o sábio rei Salomão: “Engrandeci-me e sobrepujei a todos que vieram antes de mim em Jerusalém; perseverou também comigo a minha sabedoria. Tudo quanto desejaram os meus olhos não lhes neguei, nem privei o meu coração de alegria alguma, pois eu me alegrava com todas as minhas fadigas, e isso era a recompensa de todas elas. Considerei todas as obras que fizeram as minhas mãos, como também o trabalho que eu, com fadigas, havia feito; e eis que tudo era vaidade e correr atrás do vento, e nenhum proveito havia debaixo do sol”. Eclesiastes 2: 9 – 11. Nem mesmo com muitos exemplos desastrosos os seres humanos renunciam essa ganância. Será que essa fadiga de correr atrás do material é realmente o que o Senhor Jesus Cristo nos concedeu como benções? “Inútil vos será levantar de madrugada, repousar tarde, comer o pão que penosamente granjeaste; aos seus amados o Senhor dá enquanto dorme. Salmos 127: 2. Será que o apóstolo Paulo se equivocou quando disse: “Bendito o Deus e Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de benção “espirituais” nas regiões celestiais em Cristo” Efésios 1: 3. Qual será realmente o propósito dessa inconseqüente busca pelo poder? Não seria suficiente usarem o poder do Espírito Santo condignamente sem usurpá-lo em beneficio próprio com a intenção de acumularem tesouros na terra? E como o Senhor Jesus Cristo profetizou em Mateus 7: 21 – 23. “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! Entrará no reino do céu, mas aquele que faz a vontade do meu Pai que está nos céus. Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor! Porventura não temos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não expelimos demônios, e em teu nome não fizemos muitos milagres? Então lhes direi explicitamente: Nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais iniqüidade”. Usar o poder que há no nome de Jesus Cristo, com propósitos no coração diferentes daqueles que Ele revelou através do Evangelho do Reino de Deus é praticar usurpação dos dons do Espírito e isso é considerado por Deus como iniqüidade. A Bíblia Sagrada contém muitos exemplos mostrando que geralmente os olhos despertam nos seres humanos a concupiscência da carne pelo desejo de possuir. Foi assim no ministério de Jesus Cristo quando Judas lamentou a perda daquele valioso vidro de alabastro quebrado para ungir os pés do Mestre. Também aconteceu no ministério dos apóstolos quando Simão o mágico presenciou os milagres e propôs a Pedro comprar o Poder do Espírito Santo, algo muito valioso que não pertencia nem a ele Pedro nem a nenhum discípulo mais unicamente ao Espírito de Deus. Isso sem falar nos falsos apóstolos de 2Coríntios 11: 13. E ainda os falsos profetas e os falsos mestres de 2Pedro 2: 1 – 3. O reino de Deus é Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo. “Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça”, (a nossa justiça só é alcançada através da justificação de Deus) “paz” (a paz só alcançamos com a vida eterna que só Jesus pode dar) “e alegria no Espírito Santo”. (a alegria interior é um estado de espírito que reflete a poderosa ação do Espírito Santo dentro de nós). Quando cremos em Jesus Cristo nós alcançamos o reino de Deus e ele passa a fazer parte do nosso interior como afirmou Lucas capítulo 17 versículo 21. O apóstolo Paulo assegura que quando nós cremos em Jesus Cristo, nos tornamos templo do Espírito Santo que passa a fazer morada dentro do nosso corpo; 1Coríntios 3: 16. Um cristão fiel a Deus e cheio de fé em Jesus Cristo não precisa andar procurando o poder do Espírito, pois o poder do Espírito Santo já está dentro dele. Um cristão fiel a Deus e cheio de fé em Jesus Cristo não precisa de prestígio, pois o maior prestígio que o ser humano pode alcançar é ter o Senhor Jesus como o seu único Senhor e salvador. Um cristão fiel a Deus e cheio de fé em Jesus Cristo não precisa de status, pois não existe maior status do que ser chamado de filho Do Deus Altíssimo. Por último; Um cristão fiel a Deus e cheio de fé em Jesus Cristo não precisa de riqueza que se coroe com a ferrugem e sim de “riquezas eternas onde nem a traça nem a ferrugem pode alcançar”. O mais difícil em toda essa situação é fazer muitos cegos enxergarem o caminho já que estão sendo guiados por outros cegos como disse o Senhor Jesus: “Deixai-os: são cegos, guias de cegos. Ora se um cego guiar outro cego, cairão ambos no buraco”. Mateus 15: 14. Quando o propósito é verdadeiro e você foi realmente chamado por Deus para ser um servo do Senhor Jesus Cristo você reconhece que é usado pelo poder do Espírito Santo e não usa desta vestidura de poder temporária como se procedesse de si mesmo. Reconhecer o que não lhe pertence é uma virtude de ser honesto consigo mesmo e com Deus. Aqui está alguns exemplos de um homem que talvez tenha sido o mais usado pelo Espírito Santo de Deus em todo o Novo Testamento, mas sempre fazia questão de afirmar que ele não possuía nenhum mérito ou poder, pois estava simplesmente sendo usado por Deus. “Porque não ousarei discorrer sobre coisa alguma senão daquelas que Cristo fez por meu intermédio para conduzir os gentios á obediência, por palavra e obras, por força de sinais e prodígios, pelo poder do Espírito Santo”; Romanos l5: 18 e 19a. “Ora, aquele que é poderoso para fazer infinitamente mais de tudo quanto pedimos, ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nós”, Efésios 3: 20. “Pois quem é que te faz sobressair? E que tens tu que não tenhas recebido? E, se o recebeste, porque te vanglorias, como se o não tivesse recebido? 1Coríntios 4; 7. Nada é nosso tudo o que os verdadeiros cristãos receberam veio de Deus. “Uma vez falou Deus, duas vezes ouvi isto: Que o poder pertence a Deus”. Salmos 62: 11. ALELUIA GLÓRIA A DEUS.

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