terça-feira, 18 de outubro de 2011

VERDADE RELATIVA



            A queda do muro de Berlim marcou a decadência da era moderna. Conceitos dogmáticos e métodos exegéticos antes considerados infalíveis tornaram-se contestáveis, obsoletos ou ultrapassados até dentro da cultura religiosa.
            O pós-modernismo reconhece a verdade como relativa tendo em vista a preferência pela subjetividade e assim recusa em aceitar qualquer verdade como absoluta, portanto, dando uma maior importância ao relativismo.VERDADE RELATIVA - Uma tentativa de eliminar a moralidade e a culpabilidade dos crentes.
Analisando da perspectiva subjetiva, a verdade absoluta é rejeitada embora o texto seja composto de preceitos considerados universalmente incontestáveis. Versículos bíblicos são distorcidos em sua originalidade para dar origem a interpretações pré-fabricadas com o propósito de evitar expor a moral e a culpa das consciências impedindo assim o reconhecimento do erro, o arrependimento e o crescimento espiritual do crente.
            Dentre muitos textos bíblicos, existe um exaustivamente usado pelos relativistas principalmente por se tratar de um assunto muito corriqueiro ultimamente, trata-se do rompimento da união matrimonial entre os casais.
            O texto mencionado encontra-se no Evangelho de Mateus l9: 3-12 e o versículo 9 está sendo modificado na sua exegese para ser usado pelos relativistas com o intuito de inverter o sentido verdadeiro com o contexto geral do texto. Em três abordagens chamadas de erros, se desfaz toda sutileza do engano relativista.
Primeiro Erro – No versículo 9 está bem claro que Jesus permitiu a separação no caso de relações sexuais ilícitas desobrigando o casal de viver junto caso não houvesse perdão do ofendido nem arrependimento do ofensor, porém não mandou que fosse lavrado certificado de divórcio mas advertiu que quem contraísse novo casamento estaria adulterando Nesse mesmo versículo 9 a palavra  apolush na língua grega usada por Jesus tem um único significado, que representa os verbos que indicam a ação de separar. Ex. solto, liberto, despeço, repudio, divorcio, retiro-me etc. (Ver dicionário Novo Testamento Grego de William Carey Taylor). No dicionário Português Aurélio a palavra divorcio sem o acento agudo é a primeira pessoa do verbo divorciar o mesmo que (separar) exemplo: Eu me divorcio de você; que é o mesmo que dizer: Eu me separo de você. Esta não é a mesma coisa do que a palavra divórcio com acento agudo; cujo significado no mesmo dicionário Português Aurélio significa: “Dissolução do vínculo matrimonial, ficando os divorciados livres para contraírem novas núpcias”.
Segundo Erro – Na língua grega, existe a palavra exclusiva para significar divórcio com a liberdade dos conjugues de contraírem novas núpcias, tendo a mesma validade do divórcio judicial do dicionário Português e essa palavra é; biblion apostasiou que significa carta de divórcio no “dicionário Novo Testamento Grego de William Carey Taylor) e certificado de divórcio no “Novo Testamento Grego, Vilson Scholz e Roberto G. Bratcher, Português Almeida Revista e Corrigida da Sociedade Bíblica do Brasil), essa palavra o senhor Jesus não fez uso dela em todo o texto de Mateus 19. do versículo 3 ao 12.
            Terceiro Erro – Em todo o texto somente os fariseus usaram a palavra biblion apostasiou certificado de divórcio e Jesus ainda confirmou que a idéia não partira da parte de Deus ao afirmar: ”Respondeu-lhes Jesus: Por causa da dureza dos vossos corações é que Moisés vos permitiu repudiar vossas mulheres; entretanto não foi assim desde o princípio, versículos 7 e 8”.
  Esta interpretação está resguardada dos relativistas por quatro versículos do texto que não podem ser contestados, visto que, eles estão no texto para confirmar este contexto.
            “Então respondeu ele: Não tendes lido que o Criador desde o princípio os fez homem e mulher, e que disse: Por esta causa deixará o homem pai e mãe, e se unirá a sua mulher, tornando-se uma só carne? De modo que já não são mais dois, porém uma só carne? Portanto o que Deus ajuntou não o separe o homem”, versículos 4, 5 e 6.”Porque há eunucos de nascença; há outros que os homens fizeram tais; e há outros que a se mesmo se fizeram eunucos por causa do reino do céus. Quem é apto para o admitir, admita”, versículo l2.
            Os discípulos entenderam o sentido certo do que Jesus falou em vista da resposta que deram: “Se essa é a condição do homem relativamente a sua mulher, não convém casar”, versículo 10. A língua grega foi uma língua anexada a cultura judaica durante o domínio grego sobre Israel e era ainda falada e escrita nos tempos de Jesus e pela resposta fica claro que eles entenderam muito bem. É estranho que a Igreja Católica Apostólica Romana entendeu exatamente o que os discípulos entenderam, pois não recasam pessoas que já contraíram divórcio e muitos das evangélicas se fazem de desentendidas.
            Em 1Co. l4: 33, está escrito que “Deus não é Deus de confusão” e a sua Palavra é a revelação do Seu próprio Filho como está escrito no evangelho de João, portanto não se engane “Porque a Palavra de Deus é viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração. E não há criatura que não seja manifestada na sua presença; pelo contrario todas as cousas estão descobertas e patentes aos olhos daquele a quem temos de prestar contas”, Hebreus 4. 12, “Nenhuma profecia bíblica é de particular interpretação” 2Pe. 1: 20. A Bíblia é a autoridade suprema e o Espírito Santo é o seu próprio intérprete. Só há um caminho para esclarecer dúvidas ou evitar divergências; é comparar o mesmo texto com no mínimo dois ou mais textos dos demais autores da Bíblia que tratam do mesmo assunto, pois eles também foram revelados pelo mesmo Espírito Santo.
            Sobre este assunto ver Malaquias 2: 13 ao 16, Marcos 10: 7 ao 15 e 1Coríntios 7:10ao 11.   

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