A
queda do muro de Berlim marcou a decadência da era moderna. Conceitos
dogmáticos e métodos exegéticos antes considerados infalíveis tornaram-se contestáveis,
obsoletos ou ultrapassados até dentro da cultura religiosa.
O
pós-modernismo reconhece a verdade como relativa tendo em vista a preferência pela
subjetividade e assim recusa em aceitar qualquer verdade como absoluta,
portanto, dando uma maior importância ao relativismo.VERDADE RELATIVA - Uma tentativa de eliminar a moralidade e a culpabilidade dos crentes.
Analisando da
perspectiva subjetiva, a verdade absoluta é rejeitada embora o texto seja
composto de preceitos considerados universalmente incontestáveis. Versículos
bíblicos são distorcidos em sua originalidade para dar origem a interpretações pré-fabricadas
com o propósito de evitar expor a moral e a culpa das consciências impedindo
assim o reconhecimento do erro, o arrependimento e o crescimento espiritual do
crente.
Dentre
muitos textos bíblicos, existe um exaustivamente usado pelos relativistas
principalmente por se tratar de um assunto muito corriqueiro ultimamente,
trata-se do rompimento da união matrimonial entre os casais.
O
texto mencionado encontra-se no Evangelho de Mateus l9: 3-12 e o versículo 9
está sendo modificado na sua exegese para ser usado pelos relativistas com o
intuito de inverter o sentido verdadeiro com o contexto geral do texto. Em três
abordagens chamadas de erros, se desfaz toda sutileza do engano relativista.
Primeiro Erro
– No versículo 9 está bem claro que Jesus permitiu a separação no caso de
relações sexuais ilícitas desobrigando o casal de viver junto caso não houvesse
perdão do ofendido nem arrependimento do ofensor, porém não mandou que fosse
lavrado certificado de divórcio mas advertiu que quem contraísse novo casamento
estaria adulterando Nesse mesmo versículo 9 a palavra apolush na língua grega usada por Jesus tem um único
significado, que representa os verbos que indicam a ação de separar. Ex. solto,
liberto, despeço, repudio, divorcio,
retiro-me etc. (Ver dicionário Novo Testamento Grego de William Carey Taylor).
No dicionário Português Aurélio a palavra divorcio
sem o acento agudo é a primeira
pessoa do verbo divorciar o mesmo
que (separar) exemplo: Eu me divorcio de você; que é o mesmo que dizer: Eu me
separo de você. Esta não é a mesma coisa do que a palavra divórcio com acento agudo; cujo significado no mesmo dicionário
Português Aurélio significa: “Dissolução do vínculo matrimonial, ficando os
divorciados livres para contraírem novas núpcias”.
Segundo Erro –
Na língua grega, existe a palavra exclusiva para significar divórcio com a
liberdade dos conjugues de contraírem novas núpcias, tendo a mesma validade do divórcio judicial do dicionário
Português e essa palavra é; biblion apostasiou
que significa carta de divórcio
no “dicionário Novo Testamento Grego de William Carey Taylor) e certificado de divórcio no “Novo Testamento Grego,
Vilson Scholz e Roberto G. Bratcher, Português Almeida Revista e Corrigida da
Sociedade Bíblica do Brasil), essa palavra o senhor Jesus não fez uso dela em
todo o texto de Mateus 19. do versículo 3 ao 12.
Terceiro
Erro – Em todo o texto somente os fariseus usaram a palavra biblion apostasiou certificado de divórcio e Jesus ainda confirmou que a idéia não
partira da parte de Deus ao afirmar: ”Respondeu-lhes Jesus: Por causa da dureza
dos vossos corações é que Moisés vos permitiu repudiar vossas mulheres;
entretanto não foi assim desde o princípio, versículos 7 e 8”.
Esta
interpretação está resguardada dos relativistas por quatro versículos do texto
que não podem ser contestados, visto que, eles estão no texto para confirmar
este contexto.
“Então
respondeu ele: Não tendes lido que o Criador desde o princípio os fez homem e
mulher, e que disse: Por esta causa deixará o homem pai e mãe, e se unirá a sua
mulher, tornando-se uma só carne? De modo que já não são mais dois, porém uma
só carne? Portanto o que Deus ajuntou não o separe o homem”, versículos 4, 5 e
6.”Porque há eunucos de nascença; há outros que os homens fizeram tais; e há
outros que a se mesmo se fizeram eunucos por causa do reino do céus. Quem é
apto para o admitir, admita”, versículo l2.
Os
discípulos entenderam o sentido certo do que Jesus falou em vista da resposta
que deram: “Se essa é a condição do homem relativamente a sua mulher, não
convém casar”, versículo 10. A língua grega foi uma língua anexada a cultura
judaica durante o domínio grego sobre Israel e era ainda falada e escrita nos
tempos de Jesus e pela resposta fica claro que eles entenderam muito bem. É
estranho que a Igreja Católica Apostólica Romana entendeu exatamente o que os
discípulos entenderam, pois não recasam pessoas que já contraíram divórcio e
muitos das evangélicas se fazem de desentendidas.
Em
1Co. l4: 33, está escrito que “Deus não é Deus de confusão” e a sua Palavra é a
revelação do Seu próprio Filho como está escrito no evangelho de João, portanto
não se engane “Porque a Palavra de Deus é viva e eficaz, e mais cortante do que
qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e
espírito, juntas e medulas, e apta para discernir os pensamentos e propósitos
do coração. E não há criatura que não seja manifestada na sua presença; pelo
contrario todas as cousas estão descobertas e patentes aos olhos daquele a quem
temos de prestar contas”, Hebreus 4. 12, “Nenhuma profecia bíblica é de
particular interpretação” 2Pe. 1: 20. A Bíblia é a autoridade suprema e o
Espírito Santo é o seu próprio intérprete. Só há um caminho para esclarecer
dúvidas ou evitar divergências; é comparar o mesmo texto com no mínimo dois ou
mais textos dos demais autores da Bíblia que tratam do mesmo assunto, pois eles
também foram revelados pelo mesmo Espírito Santo.
Sobre este assunto ver Malaquias 2:
13 ao 16, Marcos 10: 7 ao 15 e 1Coríntios 7:10ao 11.
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